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Antevisão: Factor casa decisivo na recuperação do Revolution

Sambinha training in Tucson

O triunfo do passado sábado sobre o Chicago Fire (2-0) e a aquisição do possante avançado Kei Kamara, o internacional da Serra Leoa que foi o melhor marcador da Major League Soccer em 2015 (26 golos, 6 assistências), trouxeram um novo entusiasmo e uma maior confiança ao balneário do New England Revolution.


“Penso que sim,” confirmou o jovem avançado Diego Fagundez após o final do treino de terça-feira, destacando que se notou algo diferente no seio da equipa depois da chegada de Kamara. “Você podia notar que algo estava diferente no balneário, e chegou o sábado e tornou a parecer diferente, talvez tenha sido um novo começo para nós, talvez estivéssemos todos entusiasmados, e penso que isso foi evidente durante o jogo na forma como todos quiseram ganhar aquele jogo.”


O triunfo sobre os visitantes de Chicago colocou ponto final numa série de seis jogos consecutivos sem ganhar e parece ter trazido novo ânimo à equipa. Mas, foi apenas um jogo, não se pode embandeirar em arco.


“A vitória retirou um pouco da pressão, sem dúvida, mas você tem que ter uma memória curta, quer ganhe ou perca,” avisou o lateral esquerdo Chris Tierney que falhou os últimos quatro jogos devido a lesão. “Vamos para o próximo jogo com a mesma intensidade e urgência que mostrámos a semana passada, sentindo que é um jogo que teremos obrigatoriamente de ganhar e você vai reparar que vamos enfrentá-lo dessa forma, esperamos obter mais um bom resultado.”


Lesionados recuperam

As lesões continuam a perseguir a equipa mas alguns dos lesionados devem regressar neste jogo. O capitão José Gonçalves, que saiu na segunda parte da derrota em Los Angeles a 8 de Maio, parece estar totalmente recuperado.


“O José deve estar pronto,” respondeu o técnico Jay Heaps quando instado a comentar a situação clínica do seu plantel.


“Estou a sentir-me melhor,” confirmou Chris Tierney, que treinou sem restrições esta semana. “É uma daquelas coisas, os tendões são temperamentais, estou a jogar pelo seguro e tentar ter a certeza que não faço algo que me deixe fora mais tempo do que desejaria, pelo que estou a progredir e espero estar envolvido esta semana.”


FC Dallas é adversário difícil, mas sente dificuldades fora de casa

Actualmente no segundo lugar da Western Conference, a apenas um ponto do líder Colorado Rapids, o FC Dallas, que joga sábado no Gillette Stadium, com início pelas 19:30, tem sentido algumas dificuldades fora do seu reduto.


Os dois últimos jogos no seu Toyota Stadium terminaram com vitórias sobre os Portland Timbers, 2-1, e os Seattle Sounders, 2-0, mas antes disso registaram-se três derrotas consecutivas, todas fora de casa, frente a Vancouver (0-3), New York Red Bulls (0-4) e Toronto (0-1).


Em contraste, o Revolution ainda não perdeu em casa, duas vitórias e quatro empates. Mas, todos reconhecem que Dallas vai ser um osso duro de roer.


“É um jogo completamente diferente, por isso temos de estar preparados para uma equipa muito boa, de Dallas,” avisou Jay Heaps, reconhecendo que o adversário de sábado é “uma equipa que ataca com rapidez e se lhes concedermos espaço, vamos ser punidos, eles vão para a baliza e vamos buscar a bola ao fundo das redes. Por isso, temos de ter o mesmo tipo de filosofia que mostrámos no sábado, mas ainda mais fechados defensivamente, se possível não concedendo qualquer espaço. Mas, eles são uma boa equipa a atacar e uma equipa com quem temos que nos preocupar.”


“Obviamente temos visto imenso vídeo sobre eles, têm marcado muitos golos este ano”, acrescentou o guardião Bobby Shuttleworth. “O mais importante para nós é estarmos bem colocados no terreno, permanecer organizados colectivamente e tentar evitar o menos perigo possível.”


A versatilidade dos seus jogadores cria dificuldades adicionais pois os golos do Dallas FC têm sido divididos pelos vários avançados e médios, com Ryan Hollingshead e Walker Zimmerman a marcarem frente a Portland, e Mauro Diaz e Michael Barrios a fazerem o gosto ao pé contra os Sounders. Por outro lado, a defesa tem mostrado alguma instabilidade.


“Não faz diferença quem lá estiver (na defesa), eles não deixaram Seattle marcar, são um bom conjunto em termos defensivos, de uma ala à outra, e fazem um bom trabalho,” foi a análise de Jay Heaps a possíveis lacunas no sector mais recuado de Dallas. “Temos de ser diligentes e inteligentes na forma como pretendemos surgir nas costas dos defesas deles, como lançamos a bola e como criamos oportunidades. Vai ter de ser tudo mais limpo e até um pouco melhor do que fizemos no sábado à noite, um pouco mais limpo no último terço, sermos um pouco mais egoístas, acho que tivemos oportunidades onde poderíamos ter rematado mas fizemos mais um passe, e eu quero que sejamos um pouco mais letais no último terço do campo.”


Triunfo precisa-se para subir na classificação

Apesar de ter registado apenas dois triunfos nas primeiras 12 jornadas, o equilíbrio que reina na Eastern Conference, a zona onde milita o Revolution, deixa tudo em aberto. Caso a primeira fase do campeonato acabasse hoje, a equipa de Foxoboro, presentemente empatada com os New York Red Bulls e D.C. United no quinto lugar, estaria a disputar com essas duas equipas pelo último lugar de acesso à fase final, aos play-offs. Por isso, os jogos em casa assumem uma importância ainda maior.


“Todos os jogos são importantes, mas este aqui especialmente porque ganhando este jogo e ganhando o próximo (dia 28, frente a Seattle), podemos chegar aos play-offs,” disse o central Samba, cedido este temporada por empréstimo pelo Sporting CP, dentro da parceria estratégica entre os dois clubes. Samba fez a sua estreia na MLS no passado sábado.