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Muitos golos e primeira vitória, 5-2 sobre Minnesota United FC, na estreia do Revolution em casa

2017 MLS Regular Season - Home - Gillette Stadium - Revs Win - Minnesota United - 5-2 - Tierney, Chris 2

Para uma equipa carecida de golos e à procura da sua primeira vitória nesta nova temporada, o começo de jogo na estreia em casa não poderia ter sido melhor para o New England Revolution, que conseguiu adiantar-se no marcador logo aos quatro minutos de jogo.


Frente aos estreantes do Minnesota United FC, que entrou em campo com a defesa mais batida da MLS, os Revs entraram a todo o gás. No lance do primeiro golo, numa jogada de insistência, Scott Caldwell serviu Chris Tierney no flanco esquerdo e este cruzou largo para o segundo poste, onde surgiu Juan Agudelo a elevar-se bem e a cabecear fora do alcance do guardião Bobby Shuttleworth.


“Senti-me muito bem quando marquei o primeiro golo,” disse Agudelo. “Em termos de confiança, é o tipo de início de jogo que tu queres ter, pois ficas com muito tempo para poderes marcar mais um. Deu-me imensa confiança.”


O golo animou a turma da casa, que esteve muito perto do segundo passados escassos seis minutos. Lee Nguyen desceu pelo centro do terreno, a defesa visitante foi recuando e no momento certo Nguyen soltou para Agudelo, que estava solto, na esquerda, já dentro da área. Mas, desta feita, o remate saiu demasiado alto.


E contra a chamada ‘corrente do jogo’, os visitantes chegaram ao empate, aos 15 minutos. Num lance fortuito, o central Benjamin Angoua lançou-se ao solo para fazer o corte, mas a bola tabelou em Scott Caldwell e sobrou para Christian Ramirez que de imediato entregou a Collen Warner. O remate deste, forte e rente à relva, entrou junto ao poste, tornando inútil a estirada de Cody Cropper.


Mas, o empate durou apenas quatro minutos. Um excelente passe a rasgar de Diego Fagundez encontrou Lee Nguyen, que se desmarcou bem, foi à linha e cruzou rasteiro para KeiKamara fazer o golo com um ligeiro toque junto ao segundo poste.


“Tivemos um excelente início de jogo, a energia certa, a mentalidade certa,” disse o técnico Jay Heaps depois do final da partida, obviamente satisfeito por a sua equipa não ter acusado o golo sofrido. “Fizemos 30 minutos iniciais excelentes, com exceção do golo que consentimos, mas o importante foi como reagimos. Por vezes sofremos um golo e baixamos a cabeça, mas desta feita reagimos muito bem ao golo que sofremos.”


A partir daí só deu Revolution, que continuou a dominar, com excelentes trocas de bola e mudanças de flanco.


Com toda a naturalidade, o terceiro golo surgiu pouco depois, aos 31 minutos. Numa descida rápida, um excelente passe de Diego Fagundez colocou a bola em Juan Agudelo. Este caminhou para a área e passou por Vadim Demidov, que esticou o pé e derrubou o avançado do Revolution. O árbitro, Ricardo Salazar, bem colocado, não hesitou e de imediato apontou para a marca de grande penalidade. Lee Nguyen converteu, com um remate rasteiro que levou a bola a entrar mesmo junto ao poste. Bobby Shuttleworth, o antigo guardião do Revolution, adivinhou e lançou-se bem mas o remate foi muito bem colocado.


O marcador do primeiro tempo ficou encerrado aos 41 minutos. Foi mais uma descida de Diego Fagundez, que arrancou pela direita e cruzou rasteiro, a rasgar a área, levando a bola até Juan Agudelo. Este fletiu para o centro e depois rematou rasteiro, enganando assim Shuttleworth, com a bola a entrar junto a poste.


Gerir a vantagem na segunda parte

Minnesota ainda conseguiu reduzir a desvantagem aos 49 minutos, para recuperar um pouco de esperança. Na sequência de livre, um dos defensores do Revolution, em queda, tentou o alívio, mas bola sobrou para Brent Kallman, que à boca da baliza não teve dificuldade em bater Cody Cropper.


Durou cerca de dois minutos esta nova vida de Minnesota. Uma excelente tabelinha entre Lee Nguyen e Diego Fagundez, deixaria o jovem avançado do Revolution em boa posição para rematar, mas Collen Warner esticou a perna e derrubou-o, resultando em mais uma grande penalidade. Desta feita foi Chris Tierney quem foi chamado a tentar a conversão, que conseguiu com um remate forte, ao ângulo, sem hipóteses para Bobby Shuttleworth, fechando assim a contagem.


A partir daí para o Revolution foi uma questão de gerir a vantagem. O técnico Jay Heaps esgotou as substituições no espaço de 12 minutos. Mesmo assim, o ataque continuou a carburar bem e o golo tornou a estar à vista, aos 83 minutos, quando Diego Fagundez criou mais uma situação de grande perigo quando bateu um adversário e depois cruzou atrasado para Teal Bunbury, que entrara um minutos antes para o lugar de Juan Agudelo. Mas, o remate saiu torto, rente ao segundo poste.


Depois do apito final, passou-se à análise ao jogo e foi reconhecido de forma unânime que Diego Fagundez tinha estado em grande destaque.


“O Diego esteve quase perfeito na primeira parte, na forma como jogou. Não marcou golos mas foi excelente na forma como criou oportunidades para os colegas,” reconheceu Jay Heaps.


“Tínhamos na ideia que não podíamos perder este jogo, tínhamos na ideia de que íamos sair daqui com três pontos, e acho que se notou isso, todos trabalharam imenso, ninguém foi egoísta e quando tivemos oportunidades conseguimos converter, poderíamos ter marcado mais dois,” disse Fagundez, que preferiu distribuir os louros pelos colegas.


“Tentei encontrar espaços vazios sempre que possível, receber a bola e ter a certeza de que os nossos avançados eram recompensados. Eu disse ao Juan que se ele se desmarcasse eu iria recompensá-lo…quando se tem jogadores assim, que estão sempre em movimento à procura da bola, temos que lhes passar a bola porque eles marcam golos.”


Os 200 jogos de Chris Tierney

Um dos temas de conversa nas conferências de imprensa pós jogo foi o fato do lateral esquerdo Chris Tierney se ter tornado no quarto jogador do New England Revolution a completar 200 jogos como titular. Tierney junta-se a uma lista inclui exclusiva que inclui apenas Shalrie Joseph (254), Matt Reis (253), e Jay Heaps (238).


Foi por isso que foi ele quem cobrou a segunda grande penalidade.


“Eu estou tão orgulhoso de ser jogador do Revolution e não me estou a ver a jogar por nenhum outro clube,” disse Tierney. “Ser titular em 200 jogos é muito especial para mim, é algo que recordarei um dia mais tarde. E poder marcar o penalti foi um gesto tremendo do Lee [Nguyen] por me ter dado a oportunidade de marcar, estou satisfeito por ter finalizado.”


“O Chris é um excelente jogador, ele tem sido ótimo,” acrescentou Jay Heaps. “Está sempre preparado para jogar, sempre a liderar o grupo quando possível. E hoje foi muito bom ver o Lee [Nguyen] a exercer a sua liderança ao dizer que pensava que o Chris é muito bom a marcar grandes penalidades.”


Chris Tierney também havia demonstrado a sua capacidade de liderança no pequeno discurso que fez aos colegas antes do jogo.


Quando os jornalistas quiseram saber qual tinha sido a mensagem, Tierney revelou que lhes dissera que “tinha chegado a altura de marcarmos uma linha na areia. Ficámos frustrados com os resultados dos dois primeiros jogos, dois jogos muito difíceis fora de casa, eu penso que lutámos imenso mas cometemos alguns pequenos erros que nos custaram os jogos. Há certos momentos durante a temporada em que temos que ganhar um jogo, e este foi um desses momentos, e fizemos um bom trabalho.”


Celebrar com os fãs

Outra novidade neste encontro foi a forma como os jogadores se dirigiram aos adeptos após o apito final para celebrar a vitória.


“O Scott Caldwell e o Lee Nguyen falaram connosco sobre isso. Penso que é algo bastante especial e que pode continuar de forma permanente,” explicou Juan Agudelo. “Foi a primeira vez, espero que continue por muito tempo.”


“Penso que é fantástico, eles vêm cá seja qual for o tempo, se chover, se nevar, se estiver 100 graus, seja como for eles estão cá, têm-nos apoiado durante este tempo todo, mesmo nas más fases, por isso estávamos apenas a tentar agradecer-lhes,” acrescentou Diego Fagundez. “É para continuar, para que eles regressem a casa satisfeitos.”


“É algo que temos conversado coletivamente,” concluiu ChrisTierney. “Nós queremos estar mais envolvidos com os fãs, apreciamos o impulso que eles nos dão no campo, por isso sempre que for possível contactar com eles vamos tirar proveito disso. É uma tradição que vamos começar em casa e queremos que todos estejam envolvidos nisso.”


Segue-se Portland

O próximo jogo será em Portland, o que significa que o Revolution terá que disputar três dos primeiros quatro jogos nos campos mais difíceis da MLS. Mas, a vitória sobre Minnesota trouxe um novo ânimo à equipa.


“Abrimos [a temporada] em dois locais difíceis e agora vamos para mais um lugar difícil, em Portland,” reconheceu Jay Heaps. “Precisávamos de vir para casa e sentir alguma fluidez e [esta vitória] aumenta a confiança porque demonstrámos que conseguimos lutar conforme precisávamos, mas ainda há muito para melhorar.”


“Vai ser difícil em Portland, mas se a nossa equipa jogar como tem feito em casa, e finalizarmos as nossas oportunidades, podemos ganhar a qualquer equipa,” acrescentou Diego Fagundez.


“Há muito que retirar deste jogo, marcámos cinco golos mas não gostámos nada dos dois golos que consentimos,” avisou Chris Tierney. “A primeira coisa que dissemos foi que ganhámos por 5-2 mas sentimos que não jogámos de acordo com o nosso potencial, temos que regressar aos treinos e continuar a trabalhar arduamente, continuar a melhorar defensivamente porque os golos que sofremos foram mal consentidos. Por isso temos que acertar as coisas pois vamos defrontar uma equipa de Portland que neste momento está em grande forma.”


O jogo em Portland terá lugar no domingo, com início pelas 21:00.